"Azul ? Tim Maia!"

Nesse estimulante exercício da criatividade, a palavra é a unidade básica. Uma delas anunciada repercute nos outros participantes da brincadeira gerando novas outras palavras também anunciadas.Dessa maneira, o elo aparentemente frágil entre duas palavras, constrói uma enorme possibilidade de sentidos, chegando ao ponto do grupo estabelecer um diálogo através apenas de palavras-chave(elas abrem portas mesmo!)
Alguns momentos de prática e começam a surgir os chavões, grupo das palavras que se associam formando cadeias comuns de sentido.Neste repertório sempre cabe uma nova palavra – o que garante a eterna novidade da brincadeira – bem como a construção de sentidos que associem os próprios chavões. A denominação “Azul? Tim Maia!”, inclusive, resulta de um dos primeiros chavões construídos por uma trupe que encerrou o ano de 2006 divertindo-se com as palavras.
As possibilidades de relacionar duas palavras são tantas que é possível até mesmo distingui-las por níveis de proximidade. O nível 1 se caracteriza pela relação direta entre as palavras. Por exemplo: Caneta - Tinta. O nível 2 já exige do anunciador a construção de um sentido intermediário que sirva de ponte entre as as palavras.Por exemplo: Azul – (“Azul da cor do mar...”) – Tim Maia. No nível 3 o intervalo entre as palavras pode ser de dois ou mais sentidos. Por exemplo: Black Power – (Negros) - (UFBA) – Facom. O nível 4 é a versão extrapolada do 3, admitindo estabelecer relação entre quaisquer palavras. A construção do sentido fica por conta do próximo anunciador. Por exemplo: Hippie – (Kombi) – (amarela) – (Pequena Miss Sunshine) – (Filme) – Oscar; que bem poderia ser também: Hippie – (Kombi) – (Carona) – (beatniks) – (cineclubes) – (filmes independentes) – (Grammy) – Oscar.

* Todos os exemplos acima podem ser lidos como uma única linha demonstrativa do “Azul? Tim Maia!”.
* Edições temáticas também são válidas. Uma versão do “Azul? Tim Maia!” restrita a letras de músicas, com uma canção puxando outra, ou rodadas encerradas na palavra “sexo” – corroborando a tese freudiana – são garantias de diversão.

* Para participar da comunidade “Azul? Tim Maia!”
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=25799691

3a. Edição já nas ruas!!

É, chegamos ao terceiro andar. E tem sido tão divertido criar, editar, publicar e distribuir O MIRANTE que eleger o céu como a nossa meta não soaria piegas - tampouco "Eleve-se alto ao céu..." como o nosso hino. O alto que buscamos alcançar é um estado de espírito, uma alternativa às práticas que desmerecem a beleza da sensibilidade e assim rebaixam o ser humano. Celebremos a mais nova edição de O MIRANTE como mais uma propulsora da elevação de tudo que há de bom em nossas vidas.

" Eu quero mais é decolar toda manhã..."
Arnaldo Baptista em "Não Estou nem Aí"

Vamos que vamos! O MIRANTE terá vida longa!(?)

Nasceu nesta terça-feira, 27 de fevereiro, mais uma edição de O MIRANTE.
A concretização do número 2 trás um recado aos leitores e, em especial, aos colaboradores que acreditaram no projeto: O MIRANTE veio para ficar!
É difícil, mas está longe de ser impossível sustentar um fanzine. O MIRANTE tem tudo para se firmar como uma publicação independente e periódica em nossa cidade. Afinal, o mais difícil já foi conseguido. Juntar uma equipe boa, competente e motivada, tanto de ilustradores como de escritores, em torno da idéia! Falta apenas a consolidação do comprometimento dessas pessoas com o projeto, coisa que, sem dúvida, virá naturalmente.